Órbita


Cada um vive seu mundo e seu universo. Cada qual sofre ao mesmo tempo que ama, chora ao mesmo tempo que sorri. É você e seu próprio mundo, o mundo e um universo em si. Serei forte depois de ser fraco, fraco mesmo quando sou forte, um mundo e um universo em contradição. 

Não serei o meu todo sempre, mas serei um todo em meu próprio universo. Impossível querer entender um mundo em que eu mesmo não entendo, conhecer caminhos que nunca percorri. Às vezes desbravo trilhas, sem querer construo muralhas. Posso ter uma fortaleza ou me perder, por ser eu, posso ser um não eu, tudo depende de opniões, negações. Muitas vezes o mundo quer, o universo então conspira. Queria saber da vida e seus segredos, mas não há ninguém para nos contar. 

Não gosto de metades, mas é impossível ser completo. Não gosto de decepcionar, talvez porque eu mesmo me decepciono. Eu queria fazer tudo que falo, mas não falo tudo que faço. Não tenho culpa de tudo, posso quebrar expectativas, posso ser o tudo e por ser o nada, dois mundos nem sempre estão na mesma órbita.

Jogando a vida

Palavras que escrevo nunca se apagam, caminhos por mim percorridos não se fecham e antes nunca foram abertos. O que um dia me motivou a seguir não mais permanece, pouco se perdeu, parte se transformou. Quebrei muros de ignorância atormentado pelos próprios medos, acreditando em verdades infundadas. 

E o conhecimento que me deteve por pouco se perdeu, e o desconhecido que me acometeu, me guiou por trevas, desviou - me de presas, no inverso de qualquer paradigma, através do limite do insuportável, na contramão do imaginário, pensamentos fogem pela tangente da impossibilidade. Caminhos que surgem pela escolha de dados jogados pela sorte, motivações novas refletivas por impulsividades, os erros mostrados pelo espelho. 

Reconstruções, desesperos, tropeços e acertos, um falso controle, no limite do descontrole...Há quem se perde na insanidade de viver...A vida é um jogo, e eu não tenho medo de jogar.


Super - herói

               
               Acordamos pela manhã. Abrimos os olhos e percebemos: Lá vamos nós de novo. E a vida quase que parece uma brincadeira, como quando criança, que não enjoavamos de nosso passatempo preferido. Há uma batalha pela frente, e agora somos aquele super - herói do desenho que sempre assistíamos, e que sempre queremos que vença o mal, que saia vitorioso mais uma vez. 

               Alguns já começam o dia construindo muros, eu prefiro construir pontes. E lá vamos nós de novo. Pé na estrada, sonhos em mente, o superman disfarçado de um homem comum. No momento da raiva, controlamos nosso ímpeto de disparar o raio laser, do aborrecimento destrutivo. Na estrada acidentes, no mundo um milhão de doentes, causando a discórdia, matando inocentes e assim nós lembramos que não somos de aço. No caminho, na correria diária, no trânsito infernal, se perguntamos, porque não podemos voar. Na tristeza da derrota, uma eminente criptonita, que depois só nos deixa mais forte, mais cheio de vida, pra tentar de novo, pra salvar o mundo.    
         
              Mas lá vamos nós de novo, pé na estrada, de um caminho que sabemos que um dia não veremos mais o fim. Até o dia que morremos, perdemos alguém. Voltamos a ser criança, desorientados, perdidos numa bússola sem ponteiro. E por que não ser criança, de sorriso aberto, olhos atentos, um eu te amo sincero, uma doce inocência, uma vida pela frente? É, agora eu sei. Heróis não são imortais...E lá vamos nós de novo.

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